O Itaú Unibanco foi condenado pela Justiça de São Paulo a fazer um pagamento para seu cliente de aproximadamente R$ 33 mil. Isso se deu pois a vítima sofreu um sequestro relâmpago em 2021 e dessa forma teve suas informações bancárias roubadas e assim os bandidos tiveram acesso ao seu dinheiro.
A ação acabou acontecendo na região de Pirituba, em São Paulo, e no momento em que foi abordado, ele estava esperando uma pessoa em seu carro. O valor que foi estipulado para o pagamento não é uma indenização, é na verdade o que o cliente sofreu de prejuízo devido ao sequestro.
Mesmo após o bloqueio de algumas transferências, cliente do Itaú sofre prejuízo
Foi constatado que os criminosos tentaram fazer dizer transações utilizando a conta da vítima, que só percebeu isso após ter sido liberada do sequestro. O fato ocorreu em 22 de outubro de 2021, onde ele se encontrava no seu carro, onde estaria esperando uma pessoa quando foi abordado pelos bandidos.
Com seus olhos vendados ele foi levado até uma casa. Ao chegarem lá, os bandidos pegaram os seus cartões de crédito e o seu celular, e ainda fizeram a exigência de que a vítima passasse todas as senhas para eles, assim conseguiriam ter acesso a todas as suas coisas.
Com o acesso garantido, os bandidos passaram a fazer várias transações em sua conta, uma delas chegou até a tentativa de um empréstimo de R$ 433,7 mil, assim o banco suspeitou e começou a bloquear algumas das transações que estavam sendo realizadas.
Mas mesmo com esse bloqueio, a vítima conseguiu ter um prejuízo de R$ 33.630, e descobriu isso apenas quando foi liberado. Sendo assim decidiu processar a instituição Itaú, alegando que eles não davam segurança para seus clientes.
Alegação da vítima
Ao descobrir o rombo que foi realizado na sua conta, ele decidiu entrar com um processo contra o Itaú, pois a instituição permitiu que se pegasse um empréstimo alto sem o consentimento presencial. Mesmo com o Itaú bloqueando certas transferências que foram tentadas a ser realizadas, algumas já haviam sido concedidas.
Posicionamento do Banco Itaú
Segundo os advogados dos clientes, não foi necessário o comparecimento em uma agência bancária da mesma para a assinatura do contrato, de modo que fosse assim efetivado o empréstimo. Isso acabou facilitando que os bandidos conseguissem fazer o roubo.
Além disso, também foi alegado que houve negligência por parte do Itaú ao autorizar transações que não são de costume do cliente, visto que ele já possuía uma conta a um tempo e o bloqueio das transferências só foi realizado depois.
Em resposta, a instituição financeira alegou que seria impossível de se evitar o prejuízo que o cliente sofreu, visto que eles não se responsabilizam sobre a segurança dos clientes que estejam fora das suas agências.
Mas esse argumento não foi aceito pela justiça, e acabou assim condenando o Itaú em primeira e segunda instância a devolver o valor ao cliente, acrescido de juros e correção monetária.
Formas de se prevenir
Sabemos que os bancos não se responsabilizam pelos seus clientes fora de suas agências, assim como o Itaú alegou na situação que foi relatada. Mas hoje em dia, com as transações podendo ser realizadas por aplicativos, a segurança agora deve ser feita de outra forma.
Assim como, depois de um tempo a instituição bancária bloqueou as transações, pode haver formas de segurança para fazer com que coisas assim não aconteçam mais.
Devido o Itaú ser um banco que possui agências físicas, na hora de realizar uma solicitação de empréstimo, pode ser exigido que a assinatura do contrato seja feita de maneira presencial, visto que assim eles terão certeza de que é o cliente mesmo que está pedindo.
Ou em casos de instituições financeiras que não possuem agência física, pode ser exigido uma foto da pessoa segurando o documento, assim como é requisitado na hora de se realizar a abertura de conta. Dessa forma, os clientes estariam mais seguros.